quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pudim da Avó Amélia

A satisfazer gulosos desde 1934.


Apesar da curta vida, foi um pudim bastante viajado.

Este pudim é especial. Não só porque é a receita da minha avó - e desde sempre me lembro dela a fazê-lo assim - mas também porque se pode fazer de acordo com o tamanho da família e dos amigos - desde 24 ovos se for para uma festa a 4 ovos para um grupo de amigos chegados. Ou se a gulodice for muita e urgente, até pode mesmo ser só 1 ovo e o pudim cozido em microondas numa caneca (se bem que este ainda não experimentei)...

Os ingredientes básicos são três: ovos, açúcar e leite. Mas a minha avó também costuma acrescentar café, para, segundo ela, 'não ser tão enjoativo'. As quantidades variam conforme o volume de pudim que se queira fazer, e pode optar-se por se adicionar mais leite e/ou mais café, mantendo a quantidade de ovos. O importante é ficar a gosto de quem o faz. Vou colocar uma receita para um pudim de tamanho médio-grande.

Ingredientes

Caramelo
- açúcar branco, a gosto

Pudim
- 12 ovos
- 12 colheres de sopa de açúcar + 2 colheres de sopa (branco ou mascavado)
- 1/2 L de leite
- 1 caneca (cerca de 300 mL) de café, adoçado a gosto (no caso da receita da minha avó, com bastante açúcar)

Preparação

1. Começar por fazer o caramelo. Este é feito na forma que levará o pudim. Colocar algumas colheres de açúcar no fundo, tendo em conta que quanto mais se deitar, mais caramelo faz. O açúcar começará a formar pequenos torrões antes de ir amolecendo e criar um líquido castanho. Duas notas de atenção:
>> Tirar o caramelo quando o líquido tem cor castanha semelhante à cor do caramelo da foto. Se ficar tempo de mais, o açúcar queima e para além de uma pasta difícil de tirar, fica um 'aroma' a queimado muito característico.
>> Mil cuidados ao trabalhar com açúcar a altas temperaturas. O caramelo é um ponto de açúcar (o último de todos) e é obtido a cerca de 150 ºC. Um pequeno descuido pode gerar uma grande queimadura.

2. Retirar o caramelo do lume e rodar a forma para o caramelo se espalhar. Deixar repousar.

3. Ligar o forno a cerca de 200 ºC.

4. Bater o pudim. Por cada ovo, uma colher de sopa de açúcar - e no fim, mais duas extra. Bater o pudim com uma colher de pau. Mesmo já o tendo preparado muitas vezes usando a batedeira, a colher de pau é o método que a minha avó sempre usou - e que para além de ser mais tradicional, cumpre bem o objectivo de bater o pudim, sendo até mais fácil de lavar.

5. Acrescentar o café, forte e bem temperado, assim como o leite. As quantidades de ambos podem variar, consoante o gosto de cada um. Depois de adicionar os líquidos, geralmente o pudim dobra o volume.

6. Colocar na forma e cozer em banho maria, num tabuleiro com água (água até meia altura do tabuleiro).

7. Deixar cozer. Assim que o pudim ficar dourado, cobrir a forma. Ir fazendo o teste do palito até o pudim estar cozido (demora, pelo menos, 40 minutos).

domingo, 19 de julho de 2015

Empanadilha de carnes

O sabor de uma empada em tamanho familiar - e levando muito a sério o reaproveitamento alimentar.







Havia alguma carne picada já pronta no frigorífico que tinha sobrado de uma refeição. E frango assado, que tinha sobrado de outra. E um piquenique que se avizinhava. E, porque não?... Diz quem provou que estava muito bom!

Ingredientes

- 1 massa de pizza (comprada)
- sobras de carne - pode ser carne picada, assados, carne estufada...
- 1 cebola pequena
- 1 tomate maduro
- 1 ovo
- azeite q. b.
- sal q. b.
- orégãos a gosto

Preparação

1. Ligar o forno a 200 ºC.

2. Num tacho deitar um fio de azeite e levar ao lume. Cortar a cebola em meias luas finas e deixar cozinhar um pouco.

3. Juntar a carne. Se a carne vier de uma peça inteira ou se forem pedaços grande, cortar ou desfiar - que foi o que aconteceu ao frango.

4. Mexer bem. O refogado serve apenas para juntar e temperar todos os sabores de diversas origens num único cozinhado - estilo melting pot.

5. Adicionar o tomate, cortado em cubos, e após deixar cozinhar um pouco, retificar os temperos com sal e orégãos.

6. Abrir a massa de pizza num tabuleiro e espalhar o recheio por metade da massa, tendo cuidado de deixar cerca de 1 cm de borda de massa.

7. Cobrir a empanadilha com a outra metade. Com um garfo, calcar as duas metades para unir bem e fazer uns cortes na massa para que durante a cozedura a massa possa 'respirar' - e não crie bolhas.

8. Pincelar com ovo batido e levar ao forno, por cerca de 20 minutos.

A empanadilha em processo de cozedura.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Gelado de banana

Rápido, anti-desperdício e recomendado a todas as faixas etárias.



A banana é uma fruta que geralmente é comprada ainda bastante verde. Mas é só trazê-la para casa e juntá-la, por exemplo, à maçã, para a magia acontecer. Passam de um verde pouco apetitoso para um dourado momentâneo que termina em tonalidades castanhas. 

Para (re)aproveitar este fruto, muito completo por si só, porque não transformá-lo em gelado? E assim encontrei esta receita que veio salvar meia dúzia de bananas em fim de linha. 


Ingredientes

- bananas


Preparação

1. Descascar e limpar todos os fios, mossas ou partes escuras que a fruta possa ter.

2. Cortar as bananas em rodelas com cerca de 1 cm. Não é aconselhável um tamanho maior, porque num passo mais à frente a varinha mágica pode vir reclamar reforma antecipada...

3. Colocar numa embalagem e levar ao congelador.

4. Mais tarde, retirar do congelador pelo menos meia hora antes de começar a triturar.

5. Colocar pequenas porções no copo da varinha mágica. Triturar. Não fica tudo homogéneo, por isso é necessário colocar todos os pedaços grandes novamente para o fundo do copo. Repetir o procedimento até toda a banana ser agora um suave batido.


6. Levar novamente ao congelador. Passadas cerca de duas horas, misturar levemente o gelado, só para criar mais algum ar e manter a textura.

Há quem, como este casal, tenha optado por juntar, algures no meio do processo, canela, morangos, chocolate, leite condensado, canela... As hipóteses são muitas, pois a banana é uma fruta que faz uma base de gelado muito versátil.


Uma vez que é um gelado que contém apenas banana, pode também ser dado a bebés, que assim comem uma fruta completa - das primeiras que se introduz na alimentação - e também se podem refrescar neste calor. 

Bôla de carnes

Uma bôla simples e saborosa!






Ingredientes

A unidade de medida utilizada para fazer esta bôla é a 'caneca'. Pode ser usada uma 'medida' menor (como 'chávena') ou duplicar a receita, mantendo sempre as proporções.

Massa da bôla:

- 1 caneca de ovos + 1 ovo
- 1/2 caneca de azeite (coloquei um pouco menos de metade)
- 1,5 caneca de leite
- 3 canecas de farinha
- 1 colher de fermento em pó

- sal e margarina q.b.
- papel vegetal

Recheio:

Pode ser o que quiser - excepto carnes cruas. Se for o caso, devem ser previamente temperadas e ligeiramente cozinhadas antes de adicionar à massa, pois o tempo e a temperatura de cozedura podem não ser suficientes. Geralmente utilizo bacon, fiambre, vários tipos de chouriço e presunto. 

Preparação

1. Em primeiro lugar, ligar o forno a 200 ºC.

2. Untar um tabuleiro (uso um retangular, cerca de 30 x 20 x 5) com margarina. Forrar com papel vegetal e untar novamente. Ou pode simplesmente forrar com papel vegetal (embora o papel vegetal não mantenha tão bem a forma).

3. Misturar a farinha com o fermento e reservar. Bater bem os ovos com o azeite e adicionar a farinha intercalando com o leite. A massa poderá parecer que tem uma consistência um pouco líquida demais, mas é normal.

4. Colocar metade da massa no tabuleiro. Cobrir com fiambre, bacon, chouriço e presunto. Atenção, caso a bôla leve presunto - ou outro ingrediente mais salgado - moderar a quantidade de sal na massa, nota-se realmente a diferença.

5. Colocar a restante massa por cima e pincelar com um ovo batido.

6. Levar ao forno por cerca de meia hora, até ficar douradinha e o palito sair seco.


Uma boa companhia num piquenique!