quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Cogumelos salteados

Porque nem tudo se resume a carne ou peixe (ou doces).



Ingredientes

- cogumelos: fica bem com cogumelos de lata, boletus, tortulhos, cepas, míscaros (as aparências iludem!)...
- alho (a gosto)
- orégãos (a gosto)
- azeite (a gosto)
- sal (a gosto)

Preparação

1. Colocar numa frigideira o azeite, o alho picado e levar o lume.

2. Quando estiver bem quente, juntar os cogumelos. Deixar alourar em lume brando.

3. Temperar com sal, orégãos e mais um pouco de alho bem picado. 

4. Deixar apurar e servir, como acompanhamento a carnes e peixes.


Os cogumelos, sobretudo os silvestres, têm um sabor muito rico, embora captem muito bem outros aromas. Contudo, pode-se fazer um breve refogado com cebola ou até utilizar esta receita como base e acrescentar outros legumes, tais como espargos (sobretudo se forem silvestres também). Pode também servir como base de molho.



Para cultura geral, aqui fica uma pequena lista dos cogumelos comestíveis uma ou várias vezes da região da Beira Interior.

domingo, 29 de novembro de 2015

Fritada de Carne e Legumes

Depois de algum (bastante!) tempo sem actualizar este bloco de notas electrónico, cheguei com uma receita, inventada na hora, para a marmita do dia seguinte - e surge assim a Fritada de Carne e Legumes.





Ingredientes

- sobras de carne (pode ser de qualquer forma, assada, frita, grelhada, cozida...)
- courgete
- cenoura
- cebola (ou alho francês)
- bacon
- ovos
- duas colheres de sopa de azeite
- sal e pimenta a gosto

Preparação

1. Cortar em pedaços as sobras de carne.

2. Cortar finamente os legumes: a cebola (alho francês) e a cenoura em juliana; a courgete em meias luas.

3. Colocar uma frigideira anti-aderente ao lume com o azeite.

4. Colocar a cebola e deixar alourar. Acrescentar o bacon, as sobras de carne e os restantes legumes. Deixar refogar um pouco.

5. Acrescentar água até tapar os legumes e baixar um pouco a temperatura para deixar cozer em lume brando.

6. Rectificar os temperos de sal e pimenta.

7. Assim que apurar e deixe de ter a água adicionada, acrescentar os ovos batidos aos poucos; assim que estiverem cozidos, virar a fritada com cuidado para alourar do lado oposto.

8. Pode servir-se assim ou a acompanhar com uma fresca salada de alface ou tomate com orégãos. Pode também acrescentar-se batata frita palha a gosto (antes de estar totalmente apurado, para que a batata amoleça um pouco - ponto 6). Neste caso, moderar as quantidades de sal e azeite utilizadas.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Tabela de Equivalências

Num dos passeios pela internet, descobri esta tabela de conversão de medidas culinárias. Muitas das medidas apresentadas são vocábulos brasileiros (como a xícara) mas que acabam por ser universais.

Retirado do blog Temperos e Especiarias (temperoseespeciarias.blogspot.pt)

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Pudim da Avó Amélia

A satisfazer gulosos desde 1934.


Apesar da curta vida, foi um pudim bastante viajado.

Este pudim é especial. Não só porque é a receita da minha avó - e desde sempre me lembro dela a fazê-lo assim - mas também porque se pode fazer de acordo com o tamanho da família e dos amigos - desde 24 ovos se for para uma festa a 4 ovos para um grupo de amigos chegados. Ou se a gulodice for muita e urgente, até pode mesmo ser só 1 ovo e o pudim cozido em microondas numa caneca (se bem que este ainda não experimentei)...

Os ingredientes básicos são três: ovos, açúcar e leite. Mas a minha avó também costuma acrescentar café, para, segundo ela, 'não ser tão enjoativo'. As quantidades variam conforme o volume de pudim que se queira fazer, e pode optar-se por se adicionar mais leite e/ou mais café, mantendo a quantidade de ovos. O importante é ficar a gosto de quem o faz. Vou colocar uma receita para um pudim de tamanho médio-grande.

Ingredientes

Caramelo
- açúcar branco, a gosto

Pudim
- 12 ovos
- 12 colheres de sopa de açúcar + 2 colheres de sopa (branco ou mascavado)
- 1/2 L de leite
- 1 caneca (cerca de 300 mL) de café, adoçado a gosto (no caso da receita da minha avó, com bastante açúcar)

Preparação

1. Começar por fazer o caramelo. Este é feito na forma que levará o pudim. Colocar algumas colheres de açúcar no fundo, tendo em conta que quanto mais se deitar, mais caramelo faz. O açúcar começará a formar pequenos torrões antes de ir amolecendo e criar um líquido castanho. Duas notas de atenção:
>> Tirar o caramelo quando o líquido tem cor castanha semelhante à cor do caramelo da foto. Se ficar tempo de mais, o açúcar queima e para além de uma pasta difícil de tirar, fica um 'aroma' a queimado muito característico.
>> Mil cuidados ao trabalhar com açúcar a altas temperaturas. O caramelo é um ponto de açúcar (o último de todos) e é obtido a cerca de 150 ºC. Um pequeno descuido pode gerar uma grande queimadura.

2. Retirar o caramelo do lume e rodar a forma para o caramelo se espalhar. Deixar repousar.

3. Ligar o forno a cerca de 200 ºC.

4. Bater o pudim. Por cada ovo, uma colher de sopa de açúcar - e no fim, mais duas extra. Bater o pudim com uma colher de pau. Mesmo já o tendo preparado muitas vezes usando a batedeira, a colher de pau é o método que a minha avó sempre usou - e que para além de ser mais tradicional, cumpre bem o objectivo de bater o pudim, sendo até mais fácil de lavar.

5. Acrescentar o café, forte e bem temperado, assim como o leite. As quantidades de ambos podem variar, consoante o gosto de cada um. Depois de adicionar os líquidos, geralmente o pudim dobra o volume.

6. Colocar na forma e cozer em banho maria, num tabuleiro com água (água até meia altura do tabuleiro).

7. Deixar cozer. Assim que o pudim ficar dourado, cobrir a forma. Ir fazendo o teste do palito até o pudim estar cozido (demora, pelo menos, 40 minutos).

domingo, 19 de julho de 2015

Empanadilha de carnes

O sabor de uma empada em tamanho familiar - e levando muito a sério o reaproveitamento alimentar.







Havia alguma carne picada já pronta no frigorífico que tinha sobrado de uma refeição. E frango assado, que tinha sobrado de outra. E um piquenique que se avizinhava. E, porque não?... Diz quem provou que estava muito bom!

Ingredientes

- 1 massa de pizza (comprada)
- sobras de carne - pode ser carne picada, assados, carne estufada...
- 1 cebola pequena
- 1 tomate maduro
- 1 ovo
- azeite q. b.
- sal q. b.
- orégãos a gosto

Preparação

1. Ligar o forno a 200 ºC.

2. Num tacho deitar um fio de azeite e levar ao lume. Cortar a cebola em meias luas finas e deixar cozinhar um pouco.

3. Juntar a carne. Se a carne vier de uma peça inteira ou se forem pedaços grande, cortar ou desfiar - que foi o que aconteceu ao frango.

4. Mexer bem. O refogado serve apenas para juntar e temperar todos os sabores de diversas origens num único cozinhado - estilo melting pot.

5. Adicionar o tomate, cortado em cubos, e após deixar cozinhar um pouco, retificar os temperos com sal e orégãos.

6. Abrir a massa de pizza num tabuleiro e espalhar o recheio por metade da massa, tendo cuidado de deixar cerca de 1 cm de borda de massa.

7. Cobrir a empanadilha com a outra metade. Com um garfo, calcar as duas metades para unir bem e fazer uns cortes na massa para que durante a cozedura a massa possa 'respirar' - e não crie bolhas.

8. Pincelar com ovo batido e levar ao forno, por cerca de 20 minutos.

A empanadilha em processo de cozedura.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Gelado de banana

Rápido, anti-desperdício e recomendado a todas as faixas etárias.



A banana é uma fruta que geralmente é comprada ainda bastante verde. Mas é só trazê-la para casa e juntá-la, por exemplo, à maçã, para a magia acontecer. Passam de um verde pouco apetitoso para um dourado momentâneo que termina em tonalidades castanhas. 

Para (re)aproveitar este fruto, muito completo por si só, porque não transformá-lo em gelado? E assim encontrei esta receita que veio salvar meia dúzia de bananas em fim de linha. 


Ingredientes

- bananas


Preparação

1. Descascar e limpar todos os fios, mossas ou partes escuras que a fruta possa ter.

2. Cortar as bananas em rodelas com cerca de 1 cm. Não é aconselhável um tamanho maior, porque num passo mais à frente a varinha mágica pode vir reclamar reforma antecipada...

3. Colocar numa embalagem e levar ao congelador.

4. Mais tarde, retirar do congelador pelo menos meia hora antes de começar a triturar.

5. Colocar pequenas porções no copo da varinha mágica. Triturar. Não fica tudo homogéneo, por isso é necessário colocar todos os pedaços grandes novamente para o fundo do copo. Repetir o procedimento até toda a banana ser agora um suave batido.


6. Levar novamente ao congelador. Passadas cerca de duas horas, misturar levemente o gelado, só para criar mais algum ar e manter a textura.

Há quem, como este casal, tenha optado por juntar, algures no meio do processo, canela, morangos, chocolate, leite condensado, canela... As hipóteses são muitas, pois a banana é uma fruta que faz uma base de gelado muito versátil.


Uma vez que é um gelado que contém apenas banana, pode também ser dado a bebés, que assim comem uma fruta completa - das primeiras que se introduz na alimentação - e também se podem refrescar neste calor. 

Bôla de carnes

Uma bôla simples e saborosa!






Ingredientes

A unidade de medida utilizada para fazer esta bôla é a 'caneca'. Pode ser usada uma 'medida' menor (como 'chávena') ou duplicar a receita, mantendo sempre as proporções.

Massa da bôla:

- 1 caneca de ovos + 1 ovo
- 1/2 caneca de azeite (coloquei um pouco menos de metade)
- 1,5 caneca de leite
- 3 canecas de farinha
- 1 colher de fermento em pó

- sal e margarina q.b.
- papel vegetal

Recheio:

Pode ser o que quiser - excepto carnes cruas. Se for o caso, devem ser previamente temperadas e ligeiramente cozinhadas antes de adicionar à massa, pois o tempo e a temperatura de cozedura podem não ser suficientes. Geralmente utilizo bacon, fiambre, vários tipos de chouriço e presunto. 

Preparação

1. Em primeiro lugar, ligar o forno a 200 ºC.

2. Untar um tabuleiro (uso um retangular, cerca de 30 x 20 x 5) com margarina. Forrar com papel vegetal e untar novamente. Ou pode simplesmente forrar com papel vegetal (embora o papel vegetal não mantenha tão bem a forma).

3. Misturar a farinha com o fermento e reservar. Bater bem os ovos com o azeite e adicionar a farinha intercalando com o leite. A massa poderá parecer que tem uma consistência um pouco líquida demais, mas é normal.

4. Colocar metade da massa no tabuleiro. Cobrir com fiambre, bacon, chouriço e presunto. Atenção, caso a bôla leve presunto - ou outro ingrediente mais salgado - moderar a quantidade de sal na massa, nota-se realmente a diferença.

5. Colocar a restante massa por cima e pincelar com um ovo batido.

6. Levar ao forno por cerca de meia hora, até ficar douradinha e o palito sair seco.


Uma boa companhia num piquenique!

sábado, 27 de junho de 2015

Bolo de chocolate e frutos vermelhos

Nada melhor para começar o blog do que um bolo que faz jus ao nome!


Ingredientes

Massa do bolo:
- 4 ovos
- 2 chávenas de chá de açúcar
- 2 chávenas de chá de farinha
- 1/2 chávena de chá de azeite
- 1 chávena de chá de leite
- 1 chávena de chá de chocolate em pó
- 1 colher de chá de fermento
- margarina e farinha para polvilhar

Recheio:
- 1 lata de leite condensado
- 2 colheres de sopa de chocolate em pó

Cobertura:
- 1/2 tablete de chocolate para culinária
- frutos vermelhos a gosto (no caso: framboesas vermelhas, negras e amarelas, morangos, mirtilos)
- açúcar em pó a gosto



Preparação


1. Começando pela massa. Batem-se bem os ovos, inteiros, com o açúcar. Após formar uma massa amarelo clara juntar o azeite e o leite, em fio e batendo sempre. Adicionar o chocolate em pó. À farinha mistura-se o fermento e acrescenta-se à mistura, mas desta vez batendo numa velocidade reduzida. O bolo por si só fica húmido depois de cozido, dependendo do forno e da quantidade de líquidos pode até ficar com 'pé'. Por isso pode-se acrescentar mais meia chávena de farinha. 

2. Levar ao forno, a cerca de 180 ºC, numa forma untada com margarina e polvilhada de farinha. O bolo demora pelo menos 40 minutos a cozer, mas nada melhor que ir fazendo o teste do palito para controlar a cozedura. Depois de cozido, desenforma-se ainda morno e deixa-se arrefecer antes de rechear. Pode até ficar de um dia para o outro.

3. Para rechear, corta-se o bolo pelo meio. Junta-se ao leite condensado o chocolate em pó, e o preparado pode ir ao lume, mexendo até engrossar (neste caso, não foi). Pica-se o bolo com um garfo, para que absorva melhor, e coloca-se o recheio. Cuidado para não aproximar o recheio da borda do bolo, pode escorrer quando se coloca a parte de cima. A parte superior do bolo é recolocada no lugar e chegamos à fase da cobertura.

4. Para a cobertura, deve dividir-se em primeiro lugar a tablete de chocolate em três partes: duas vão ao microondas em potência máxima até derreter em ciclos de 15 s (altura em que se mexe o chocolate para homogeneizar e não deixar queimar nem separar as gorduras) e a outra espera que o primeiro processo termine. Assim que o chocolate saia do microondas derretido, junta-se a terceira parte para 'temperar' o chocolate, ou seja, colocá-lo numa temperatura ideal para trabalhá-lo - e neste caso, cobrir o bolo. Espalha-se o chocolate no topo do bolo e alisa-se usando uma espátula. Esperar que arrefeça um pouco e colocam-se os frutos vermelhos no chocolate ligeiramente morno, para que segure os frutos assim que solidificar. Quando frio, polvilha-se o bolo com açúcar em pó com o auxílio de um coador.